Hábitos saudáveis e atenção aos sinais do corpo ajudam a evitar um dos problemas de saúde mais comuns entre os brasileiros
As dores nas costas estão entre as principais queixas nos consultórios médicos e fisioterapêuticos, atingindo desde jovens em idade escolar até idosos. O problema é tão comum que as estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que 85% das pessoas em todo o mundo já tiveram, têm ou terão dor na coluna. No Brasil, a dor lombar crônica afeta dois terços da população.
Embora a dor lombar não seja uma doença em si, mas um sintoma de condições subjacentes, muita gente ainda prefere encará-la como um problema menor, tratando-a com anti-inflamatório, sem prescrição médica. No entanto, fatores como má postura, obesidade, doenças reumáticas e hérnia de disco podem ser a causa.
É preciso estar atento aos sinais do corpo para evitar que uma dor leve se torne crônica, com medidas simples de prevenção, como a prática regular de atividade física, exercícios de fortalecimento muscular, alongamentos e a adoção de posturas corretas durante as tarefas do dia a dia. A ergonomia no ambiente de trabalho, especialmente para quem passa longas horas sentado, também tem um papel decisivo.
Quando o incômodo persiste ou se torna recorrente, a busca por acompanhamento especializado é fundamental. A fisioterapia, que utiliza conhecimentos e recursos próprios para promover a melhoria da qualidade de vida, é essencial para o tratamento.
Para a professora do curso de Fisioterapia da Afya Faculdade de Ciências Médicas de Manacapuru, Sheila Ramos, a prevenção deve ser encarada como prioridade. “Muitas pessoas só procuram ajuda quando a dor se torna insuportável, mas o ideal é agir antes que o problema se instale. A fisioterapia não é apenas tratamento, é também orientação e educação em saúde. Nosso papel é mostrar à população que cuidar da coluna é investir em qualidade de vida”, afirma.
A fisioterapeuta da Afya de Manacapuru explica que o tratamento é um conjunto de ações e colaboração mútua entre paciente e profissional. A abordagem inclui desde a eletroterapia na fase aguda até exercícios assistidos e fortalecimento do core.
A especialista ressalta, ainda, que a fisioterapia atua de forma integrada à promoção da saúde, ajudando a construir hábitos duradouros e a reduzir a incidência de dores crônicas que comprometem o bem-estar e a produtividade.
O fisioterapeuta é o profissional indicado para avaliar a origem da dor, propor exercícios específicos e aplicar técnicas de reabilitação. O acompanhamento evita a automedicação e práticas que, em vez de aliviar, podem agravar o problema.