Entenda a tecnologia por trás da produção desse combustível sustentável
Os investimentos brasileiros em hidrogênio verde somam esforços públicos e privados, buscando garantir a transição para um futuro ao mesmo tempo sustentável e lucrativo. São diversas as tratativas já em curso para garantir esse combustível, que pode ser obtido via energia solar, eólica, biomassa, biogás e etanol.
Em março, uma missão paulista buscou firmar parcerias na Europa e trazer aportes para o desenvolvimento da cadeia de hidrogênio verde (H2V) no estado de São Paulo. Já em Minas Gerais, um acordo bilateral entre Brasil e Alemanha irá selecionar até dez projetos envolvendo pequenas e médias empresas, startups e organizações de pesquisa e tecnologia dos dois países, com investimento de cerca de R$ 21 milhões. O estado mineiro terá a 1ª fábrica de geradores de hidrogênio verde da América Latina.
O Paraná conta com iniciativas para a construção de usinas para produção de hidrogênio na região Oeste por meio de cooperativas, bem como estão em curso iniciativas de produção do hidrogênio verde por biomassa e biogás. Entre outras possibilidades, a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) estuda a tecnologia de eletrólise da água, e a amônia verde, um biofertilizante derivado de hidrogênio proveniente dessa fonte. Outros estudos estão em andamento no Rio Grande do Sul e diversos outros locais.
Entenda melhor o hidrogênio verde
Essa fonte de energia limpa emite apenas vapor d’água, ou seja, não deixa resíduos de carbono no ar como ocorre com o carvão e o petróleo. Desde o século 19, o hidrogênio foi usado como combustível para carros, dirigíveis e naves espaciais. A designação “verde” vem do hidrogênio produzido a partir da eletrólise da água, com energias renováveis ou de baixa emissão de gases. Alguns processos como a produção de fluidos biológicos ou a geração de vapor também são utilizados para a geração de energia, quando diversas tecnologias de armazenamento e processos térmicos garantem sua utilização com segurança.