Alerta da Defesa Civil não é acionado e chuva forte deixa ruas submersas em várias zonas da capital
Um forte temporal atingiu Manaus na manhã deste domingo (5/10) e provocou alagamentos em diferentes áreas da cidade. Entre os bairros mais afetados estão o Centro, na zona Sul; Novo Reino, na zona Leste; e São Jorge e Compensa, na zona Oeste. O que chamou a atenção foi o fato de o sistema de alerta da Defesa Civil Municipal não ter sido acionado para avisar a população sobre a intensidade da chuva.
No Centro Histórico, carros ficaram submersos devido ao acúmulo de água na rua Lobo D’Almada. Já na Avenida Getúlio Vargas — onde a Prefeitura de Manaus realiza intervenções viárias —, a chuva foi tão intensa que alagou os dois sentidos da via, chegando a arrastar um dos banheiros químicos instalados na área.
Outro vídeo mostra a Avenida Brasil, no bairro Compensa, completamente tomada pela água. Nas imagens é possível ver o igarapé que corta a via transbordando e invadindo as pistas.
Na zona Oeste, frequentadores da Feira do São Jorge registraram os estragos causados pela tempestade. O local ficou completamente alagado e parte do forro desabou em razão das goteiras e da força da chuva. O novo espaço foi inaugurado pela Prefeitura de Manaus, sob a gestão de David Almeida (Avante), há apenas cinco meses — no dia 24 de abril deste ano.
Alerta que não tocou
No último dia 20 de setembro, a Prefeitura de Manaus realizou um teste do sistema de alertas da Defesa Civil, enviando notificações simuladas aos celulares dos moradores da capital, em preparação para possíveis desastres naturais ou temporais intensos. No entanto, quando uma chuva forte com menos de uma hora de duração alagou vários pontos da cidade, o alarme permaneceu em silêncio, deixando os manauaras sem aviso prévio.
Investimentos em drenagem
De acordo com dados oficiais, a Prefeitura de Manaus já investiu mais de R$ 600 milhões em obras e serviços de drenagem ao longo dos dois mandatos de David Almeida.
Apesar do volume de recursos aplicados, as cenas de alagamento em diferentes zonas da capital levantam questionamentos sobre onde, de fato, esses serviços foram executados — ou se as obras realizadas têm garantido a eficiência esperada no escoamento das águas pluviais.