Vereador Rodrigo Guedes questionou o empréstimo de R$ 600 milhões para PMM

A primeira concessão de crédito para a Prefeitura ocorreu em abril de 2021

O vereador Rodrigo Guedes (Republicanos) foi o único vereador contrário ao Projeto de Lei n° 110/23 que autoriza a Prefeitura de Manaus a emprestar R$ 600 milhões do Banco do Brasil. O PL tramitou em regime de urgência na Câmara Municipal de Manaus (CMM) e foi aprovado pela maioria dos vereadores nesta terça-feira, 14/3.

No PL, encaminhado a CMM, a Prefeitura de Manaus se limitou a dizer que o recurso de R$ 600 milhões serão destinados a despesas da capital com os programas “Programa de Melhoria da Infraestrutura Urbana” e Tecnológica do Município de Manaus e “Mais Manaus”, mas sem especificar quais ações ser executadas. Em três anos de mandato esse é o terceiro pedido de crédito feito pelo Prefeito de Manaus, David Almeida à Câmara Municipal. A primeira concessão de crédito da Prefeitura ocorreu em abril de 2021 e o Executivo teve autorização para contratar o valor de R$ 470 milhões também do Banco do Brasil, já em maio, a autorização foi para empréstimo de R$ 100 milhões da Caixa Econômica Federal, em ambos os pedidos o vereador Rodrigo Guedes votou contrário.

Com o novo crédito, a atual gestão da Prefeitura de Manaus já totaliza R$ 1.170 bilhões em empréstimos. De acordo com Guedes, a dívida é extremamente prejudicial à receita do município e pode colocar em risco as próximas gestões do Executivo Municipal. Além da necessidade do endividamento, Guedes o compromisso da Câmara Municipal em aprovar um empréstimo que pode prejudicar a população. “Fui contra o empréstimo porque acredito que a Prefeitura de Manaus precisa esclarecer onde esse recurso será aplicado, já foi concedido o empréstimo de R$ 570 milhões e a população não viu benefício em nada! A Câmara não pode simplesmente dar um cheque em branco para o Executivo fazer o que bem entende e endividar a cidade. A Câmara não pode carimbar tudo que o Executivo solicita, precisamos impedir um endividamento das finanças públicas e conter os gastos desnecessários da Prefeitura de Manaus, sem motivo algum”, cobrou.

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